Thursday 4 July 2013

Bilhete de Cinema à antiga



Já há algum tempo que este post vinha a tomar forma na minha cabeça, de cada vez que ia ao cinema e recebia o meu bilhete pensava no bons velhos tempos em que os bilhetes de cinema eram recordações de tardes bem passadas sozinha ou na companhia de amigos. Quando ir ao cinema era uma coisa super especial (porque ainda dependia dos meus pais e das finanças deles), guardava os bilhetinhos e por trás escrevinhava a companhia para essa sessão. Hoje são das melhores recordações que guardo com muito carinho.

Quando vi o post no Cineblog - Por um Bilhete de Cinema Digno e decidi-me a partilhar a minha opinião também.

Os bilhetes até pelo menos 2003/2004 eram impressos num papel cartonado, idêntico ao papel dos bilhetes para concertos e à entrada da sala eram rasgados pelo picotado, a impressão térmica leva cerca de uma década até começar a desvanecer (sei isso porque o bilhete "apagado" foi a minha chave de entrada para o filme Star Trek a passar no cinema em 1999 e só a contra-luz consigo ver a informação).



Quando apareceram estes novos bilhetes, a vontade de os guardar como recordação desapareceu e durante uns tempos perdi mesmo o interesse em os guardar. São feios, enormes e parecem talões de compras ou de multibanco que já quase automatizamos amarfanhar e deitar fora no próximo caixote do lixo com que nos cruzarmos.


Entretanto há uns anos que recuperei o meu hábito de guardar os bilhetes e como diz o autor do post, a informação no bilhete desaparece em muito pouco tempo se não fôr devidamente protegido da luz.

Por isso junto-me ao J.B.Martins do Cineblog:
Se estamos a pagar por algo cuja única recordação física é um pedaço de papel, o mínimo que poderiam fazer era dar alguma dignidade a esse pedaço de papel.
Os espetadores de cinema deveriam ser mais do que um código de barras.
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