Monday 31 May 2010

Princípe da Pérsia: As Areias do Tempo


Data de estreia: 27 de Maio de 2010
Título Original:  Prince of Persia: The Sands of Time
Realizador: Mike Newell
Actores: Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton, Ben Kingsley, Alfred Molina, Toby Kebbell, Richard Coyle, Reece Ritchie
Produção: Walt Disney Pictures
País: EUA
Género: Acção/ Aventura
Classe Etária: M12
Duração (minutos): 116

Sinopse:
Um príncipe guerreiro e uma misteriosa princesa lutam contra forças obscuras para proteger uma antiga adaga capaz de libertar as Areias do Tempo - um dom dos deuses que dá à pessoa que o possui o poder de controlar o mundo.

Comentário:
No dia 27 de Maio de 2010, fui ver a estreia deste filme. 
Eu aguardava esta produção com bastante expectativa, uma vez que me trazia memórias da minha infância, pois o Princípe da Pérsia (jogo lançado em 1992) foi o primeiro videojogo que eu joguei e durante muitos anos continuou a ser o meu favorito, por isso entendem o porquê do meu entusiasmo. ^.^

A partir do momento em que o filme começou, vi que quem produziu e escreveu o argumento, deve ter jogado ou visto o jogo, pois durante toda a duração do filme acreditei que estava no meio de um jogo de plataformas... até algumas das poses de Dastan foram copiadas do jogo para o filme!
O filme não é perfeito, mas está muito próximo com interpretações bastantes credíveis por parte dos protagonistas, e pelos números de acrobacia que Gyllenhaal  (ou os seus duplos) nos apresenta.

Banda Sonora:
Compositor: Harry Gregson-Williams
Tema: I Remain, Alanis Morisette

Uma vez mais Gregson-Williams presenteia-nos com uma banda sonora fantástica, que permite mesmo sem as imagens do filme, viver todas as emoções e aventuras dos personagens do filme. E o tema do filme, interpretado por Alanis Morisette, incorpora a moral do filme, em que apesar de tudo por que passamos, no fim restámos apenas nós...

Classificação: 9/10

Wednesday 26 May 2010

Céu


Apresento uma das minhas obsessões: O céu e as nuvens.

Há dias em que o espectáculo apresentado nos céus é de tal forma cativante que tenho o impulso de o registar, pois nunca mais irei ver o mesmo céu, as mesmas nuvens, os mesmos efeitos, desenhos e padrões...
Já perdi a conta às fotos tiradas ao céu, mas por mais que as veja, todas são únicas e irrepetíveis!

Foto tirada no dia 25 de Maio de 2010 - "Towel Day"

Tuesday 25 May 2010

Bento XVI agradece a recepção no Porto



Ao Venerado Irmão
D. MANUEL JOSÉ MACÁRIO DO NASCIMENTO CLEMENTE
Bispo do Porto

Venho renovar-lhe a expressão do meu agradecimento e, através da sua pessoa, aos Bispos Auxiliares e a todos quantos o mesmo seja devido nessa amada diocese pelo carinho com que me receberam e, de modo particular, pelo grande e frutuoso empenho na convocação e dinamização da Eucaristia no dia 14 de Maio de 2010.
Guardo indeléveis, na memória e no coração, as imagens daquela assembleia litúrgica apinhada na Avenida dos Aliados e ruas convergentes, vibrante de fé e serenamente devota, dando provas de ser um povo que ama a Deus e se sente amado por Deus. Possa a comunidade eclesial do Porto, que o Senhor Bispo apascenta, frutificar na paz e alegria do Senhor prosseguindo no rasto de Nossa Senhora de Vandoma e de tantos Santos a quem foi dado reacender a esperança no coração e na vida diária dos homens e mulheres, seus companheiros de jornada, lembrando-lhes Deus como meta final do seu caminho.
Com estes sentimentos e votos, imploro do Espírito Santo renovada efusão dos seus dons sobre o ministério de D. Manuel, seus Bispos Auxiliares e clero para levarem o seu povo a repousar e saciar-se em Deus, ao conceder a todos os filhos e filhas da diocese do Porto, com menção especial dos idosos e doentes, dos jovens e crianças, a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 19 de Maio de 2010.
Benedictus PP XVI.

E nós te agradecemos também, Santo Padre, pelo fogo do Espírito Santo que connosco partilhaste naquela manhã nos Aliados...

Monday 24 May 2010

Sombras na Floresta

Este pequeno conto, da minha autoria e extraído do primeiro livro das "Crónicas de Ylfeheim", será submetido para a Revista Bang!, da editora Saída de Emergência.

Vamos ver se consigo agarrar esta grande oportunidade, para resgatar Ylfeheim das trevas da minha gaveta...
Todos estão convidados a dar as vossas opiniões.

~Sombras na Floresta~

Há muito que o Sol desaparecera, engolido pelas copas das árvores que rodeavam a pequena clareira onde dois vultos se agachavam o mais perto possível de uma pequena fogueira, tentando se aquecer e abrigar do vento gelado, que assobiava por entre os galhos retorcidos da densa floresta.
A figura mais pequena tremia nervosamente, enquanto tentava fazer um guisado com ingredientes que diligentemente desembrulhava e atirava para um pequeno pote de pernas de ferro fundido, a outra figura mantinha-se silenciosa olhando pensativamente o fogo lambendo o pote e fazendo o seu interior borbulhar incansavelmente.

- Achas que eles continuam atrás de nós? - perguntou baixinho o pequeno vulto. À luz do fogo os seus olhos cor-de-mel esbugalhados, olhavam expectantes o seu companheiro, como se todas as respostas a todas as perguntas pudessem ser respondidas por ele.

Um pequeno movimento, o crepitar do fogo, fez com que o outro olhasse o pequeno elfo assustado.

- Se continuam, não os consigo sentir. - levantou o rosto, e o seu rosto delicado contorcido pela preocupação ficou iluminado, expondo a sua marca distintiva, os seus olhos desiguais: um verde e um azul. - depois de um pequeno momento de silêncio, a sua voz melodiosa soou de novo. - Podemos dar-nos ao luxo de pernoitar aqui ... a floresta é antiga e não adormeceu ainda, se for preciso protecção ela ir-se-á encarregar disso, Sanku.

O pequeno elfo estremeceu ao ouvir o seu nome e ao tomar consciência pela primeira vez que aquilo que pensava ser apenas o fruto da sua paranóia, afinal era real e estava vivo e vigilante. Nunca havia gostado destas coisas de magia e que não conseguisse agarrar e atribuir-lhe um valor, mas desde que fôra apanhado neta confusão toda que passava a maior parte do seu tempo a lidar com coisas estranhas e incorpóreas, que se moviam nas sombras e nos recantos escondidos da sua realidade. Olhou para a mulher sentada do outro lado do fogo. Se ele estava confuso e horrorizado com o que vinha a presenciar nos últimos meses, o que se poderia dizer acerca dela? Um mero humano, arrancado à força e sem qualquer aviso, do seu mundo, da sua realidade e da sua vida. As transformações sofridas, as lembranças que lhe assaltavam a memória, as traições que sofrera no pouco tempo que estivera deste lado do Portal ... se ele estava assustado, confuso, perdido e revoltado, o que dizer de Isabel?

- O que foi Sanku, sentiste alguma coisa, ou foi só alguma coisa que te passou por essa cabecinha? - indagou Isabel, mostrando os dentes brancos sorrindo sardonicamente. hoje a disposição dela era como a noite de lua nova, negra, espessa e profunda. - Sabes o que te acontece se tentares roubar alguma coisa. O que cá encontrares, cá fica, entendido?

Com um aceno da cabeça, o pequeno elfo deu a entender que as suas pequenas indiscrições não se iriam repetir, pelo menos enquanto permanecesse ao alcance de Isabel, só de se lembrar o que acontecera da última vez, sentia todos os seus pêlos ficarem eriçados.
Sem uma palavra serviram-se do caldo que fervia no pote e tentavam aquecer-se o melhor que podiam, usar magia estava fora de questão, pois ao menos morrer de frio era rápido e nada doloroso comparado com o que os esperaria caso os seus perseguidores os detectassem.
Estavam na estrada, em fuga, há mais de duas semanas, pelo menos pelas contas de Isabel. A lua já quase completara um ciclo completo, e os seus perseguidores não davam sinal de abrandar. Em dias em que o vento estava a favor deles, Isabel conseguia sentir-lhes o cheiro, ouvir os cães que lhes sentiam o rasto, nesses dias o seu rosto torcia-se de preocupação e o seu passo e pulso aceleravam de tal forma que Sanku ficava sempre para trás, tendo que ser arrastado metade do tempo, amaldiçoando os Pais Celestiais e os demónios que o haviam arrastado para esta situação tão desesperada.
Isabel comia calmamente o aguado caldo de carne seca e legumes selvagens, sentindo o calor dele penetrar profundamente, aquecendo-a. Olhou Sanku enquanto este sorvia a sua parte do caldo. Apesar de tudo o que ele era e pelo que passara, ali estava ele teimosamente do seu lado. De certeza que se ele houvesse escolhido ficar para trás, no Palácio de Tiril, que ganharia e teria mais tesouros dos que poderia carregar consigo, mas não, ali estava ele, enroscado numa pesada capa de feltro, encharcado e enregelado até aos ossos, tentando partilhar com ela um mísero caldo de carne seca e demasiado salgado. Isabel fechou os olhos, enquanto sentia a tigela nas suas mãos aquecê-la e agradeceu profundamente aos Pais Celestiais pela casmurrice de Sanku, que mesmo contra a sua vontade a seguiu.
O mundo do outro lado do Portal, ali naquela clareira, parecia um sonho distante, com os seus carros e máquinas, telemóveis e florestas de betão, o que estariam os seus amigos a fazer, será que ainda a procuravam, ainda se lembrariam dela, iria regressar lá algum dia? A sua disposição negra regressara, enquanto se tentava lembrar do que poderia ter sido a sua vida, se não tivesse sido forçada a atravessar, o Portal, há quase um ano atrás, fechou os olhos com mais força ainda, tentando concentrar-se na floresta ao seu redor.
O vento soprava e assobiava impiedoso por entre os ramos e os galhos retorcidos das velhas árvores, que gemiam e queixavam-se da força do irmão vento que as açoitava, as aves nocturna piavam aqui e ali em resposta umas às outras e às pequenas criaturas que corriam pelo chão atapetado de folhas tentando arranjar alimento. Dezenas de asas membranosas cruzaram o céu da clareira, numa explosão de som e movimento colocando todas as criaturas em sobressalto. Depois o silêncio regressou à floresta e tudo estava como devia estar, a dormir ou vigilante, esperando uma presa desprevenida. Excepto, excepto um barulho cadenciado, que não encaixava naquela paisagem pintada de folhas. Isabel abriu os olhos e calmamente falou para Sanku, interrompendo o seu discurso sobre as virtudes das bolsas mais leves na saúde das Senhoras da Corte.

- Temos companhia, continua a falar normalmente mas prepara-te. - dito isto, Isabel pousou a mão no seu bastão e esperou. Sanku continuou a falar normalmente, mas o seu corpo todo tremia que nem varas verdes, antecipando o ataque.

O barulho cessou e sem qualquer aviso um enorme homem de cabeça rapada abateu-se sobre o pequeno elfo, Isabel levantou-se do seu lugar ao fogo e rodando sobre si, atingiu outro homem que ainda se escondia por entre as sombras.
Enquanto Sanku se debatia ainda com o primeiro assaltante, mais dois se juntaram ao que se batia com Isabel, e ela parecia estar a aguentar-se bem, enquanto ele estava deitado no meio das folhas pisadas, debaixo de um assaltante corpulento e malcheiroso.
Isabel tentava a todo o custo, evitar que um dos homens se colocasse atrás de si, pois assim ficaria em maus lençóis. Ela estudou-os com atenção e reparou que eles não tinham uniformes e estavam demasiado esfomeados e esfarrapados para serem assassinos contratados pelo rei, por isso, deveriam ser do pior tipo de criminoso: ladrões, criaturas imprevisíveis e impiedosas.
Sanku mordera o seu atacante e conseguiu esgueirar-se por entre as suas pernas, tentando ir em auxílio da companheira, ela podia ser muito boa, mas três adversários era demais, até mesmo para ela. Enquanto se tentava esgueirar por entre os assaltantes e os carvões em brasa espalhados pelos pés em luta, Sanku não se apercebeu que o ladrão careca o havia cercado e sem mais demora deitou o pequeno elfo ao chão, prendendo-o com o seu peso massivo, sem escapatória possível. Sanku tentou gritar, alertar Isabel, para a sua situação, mas todo o ar havia abandonado os seus pulmões.
Isabel debatia-se com o seu bastão, gotas de suor escorriam-lhe pelo rosto abaixo. Cada vez mais lhe era difícil manter os três homens afastados mas eles não pareciam minimamente afectados pelas suas investidas. Isabel movia-se graciosamente, tentando a todo o custo evitar que algum deles se colocasse atrás dela, pois aí o jogo acabava, para ela. Pontapeou um dos assaltantes na garganta, deu meia volta e baixando-se varreu os joelhos de outro que se aproximava dela rapidamente, derrubando-o. Enquanto o primeiro se debatia para recuperar o fôlego, Isabel dirigiu-se para o assaltante, no chão e com o punho aberto, esmagou-lhe a caixa torácica, com um som tão arrepiante de ossos a quebrar e carne a ceder que Sanku sentiu o pouco que comera naquela noite regressar à garganta. Um som gorgolejante foi o sinal que o último assaltante que se mantinha ainda de pé, precisava para perceber que aquela rapariguinha afinal era perigosa. Isabel voltou a exibir os seus perfeitos dentes brancos, naquele sorriso que gelava o sangue a Sanku. Mas antes que tivesse tempo para reagir, o bastão de Isabel assobiou pelo ar e atingiu-o em cheio no estômago fazendo-o dobra-se sobre si, dando tempo a Isabel para se recompor.
Ela deu duas piruetas para trás, o ódio nos olhos do homem fizera-a vacilar e por causa disso, falhou o alvo, agora tinha que recuperar distância entre os dois. Aí reparou que o primeiro homem que havia derrubado tentava agora levantar-se, Isabel aproveitou o momentum do salto e atingiu-o com o seu bastão em cheio no peito, menos um. Sem que se apercebesse o outro homem de olhos carregados de ódio, havia se aproximado dela e com apenas um sussurro terminou tudo:

- Apanhei-te! - dito isto, atingiu Isabel na parte de trás da cabeça, e perante o terror de Sanku ela caiu no chão, no meio das folhas pisadas.

Sanku estava horrorizado, não conseguia perceber o que se passava, interrogava-se porque é que a floresta se mantinha tão silenciosa perante aquela cena, não era suposto as sombras dançantes daquela floresta protegerem-nos do mal, tal como Isabel tão confiantemente lhe prometera?

- Estás com medo, ratinho? - o ladrão careca, sorriu a Sanku, mostrando-lhe os seus dentes tingidos de negro e afiados, Sanku por entre todo o medo que o gelava pensou que este homem estava muito longe de casa. - Então ainda não viste o que vos vai acontecer...

Monday 17 May 2010

"The Left Hand of God", de Paul Hoffman


ISBN: 0718155181
Autor: Paul Hoffman
Editor: Penguin Books, Lda
Número de Páginas: 448
Tradução: não aplicável
Idioma: INGLÊS
Encadernação: CAPA MOLE
Data da primeira Edição: 7 de Janeiro de 2010
Lido: Março de 2010

 
Sinopse:
"Listen. The Sanctuary of the Redeemers on Shotover Scarp is named after a damned lie for there is no redemption that goes on there and less sanctuary."

The Sanctuary of the Redeemers is a vast and desolate place - a place without joy or hope. Most of its occupants were taken there as boys and for years have endured the brutal regime of the Lord Redeemers whose cruelty and violence have one singular purpose - to serve in the name of the One True Faith.

In one of the Sanctuary's vast and twisting maze of corridors stands a boy. He is perhaps fourteen or fifteen years old - he is not sure and neither is anyone else. He has long-forgotten his real name, but now they call him Thomas Cale. He is strange and secretive, witty and charming, violent and profoundly bloody-minded. He is so used to the cruelty that he seems immune, but soon he will open the wrong door at the wrong time and witness an act so terrible that he will have to leave this place, or die.

His only hope of survival is to escape across the arid Scablands to Memphis, a city the opposite of the Sanctuary in every way: breathtakingly beautiful, infinitely Godless, and deeply corrupt.

But the Redeemers want Cale back at any price… not because of the secret he now knows but because of a much more terrifying secret he does not. 

Comentário:
Tive a oportunidade de ler a versão original deste livro.


A história está brilhantemente escrita, os pormenores fantásticos e inteligentes, mas ... apesar de tudo falta-lhe algo, que irei chamar de profundidade. Na minha opinião Hoffman devia ter dedicado tanto tempo a aprofundar e dar uma outra dimensão aos personagens e a este mundo que devia ser de fantasia - o aparecimento de muitas referências do mundo "real", quebram um pouco a magia que é ler um livro dito de fantasia e ser tansportado para longe - quanto o tempo que usou para criar toda a hierarquia dos Redentores e as batalhas.

Não vou dizer que não é um livro bom, porque não estaria a ser sincera, é uma boa leitura, excelente até, conseguimos estabelecer uma conexão com o personagem principal e temos pena por outros personagens que teriam muito potencial e que não foram bem aproveitados - p.e. IddrisPuke, Riba, Henri e Kleist.
  
Classificação: 6/10

Thursday 13 May 2010

Meme de Hábitos de Leitura

Desafio lançado pelo blog Estante de Livros e aqui estou eu a responder, HEHE, adoro Meme's.




Petis­cas enquanto lês? Se sim, qual é o teu petisco favo­rito?
Infelizmente, sim. Há dias em que dou caça às bolachinhas lá de casa. ^.^
Qual é a tua bebida pre­fe­rida enquanto lês?
Chá, de tudo e mais alguma coisa. Lá está um cházinho acompanhado por umas bolachinhas caseiras, quem me culpa?!
Cos­tu­mas fazer ano­ta­ções enquanto lês, ou a ideia de escre­ver em livros horroriza-​te?
Só houve um livro em que escrevinhei tudo : "O Filho de Odin", da Gailivro, porque fiquei horrorizada com o que lia e tinha que tomar notas para me lembrar de tudo o que de mau pode ser publicado!! ^.^
Regra geral, escrevo nos meus livrinhos, o dia da compra, o preço, o local de aquisição e assino o meu nome! XD Depois escrevo as datas das minhas leituras... obsessivo sim, admito que sim, mas podia ser pior!! ^.^
Como é que mar­cas o local onde ficaste na lei­tura? Um mar­ca­dor de livros? Dobras o canto da página? Dei­xas o livro aberto?
Tenho um marcador de livros todo bonito, feito por mim! Mas por vezes, uso senhas de estacionamento, de metro, papelinhos de variadas origens e proveniências - é que por vezes perco-me na leitura e nem sempre tenho tempo de agarrar num marcador a sério!! XD
Fic­ção, não-​ficção, ou ambos?
Ficção, decididamente!!! Fantástica, em particular! A leitura para mim é suposto ser uma viagem para bem longe do mundo em que vivemos, logo, logicamente o género fantástico é o predilecto.
És do tipo de pes­soa que lê até ao final do capí­tulo, ou páras em qual­quer sítio?
Claro que acabo o capítulo, sempre pronta a agarrar uma oportunidade para ler mais um bocadinho! Já tive combates épicos com o João Pestana - e com os meu pais, quando pequenita - para acabar um capítulozinho...só paro em qualquer sítio quando tem mesmo que ser, tipo desastre nuclear.
És lei­tor para ati­rar um livro para o outro lado da sala ou para o chão quando o autor te irrita?
Não, mas por vezes apetece… Quando a história me começa a enervar, começa-me a dar alergia, então começo a usar esse livro como mobília ou para evitar que uma mesa ou cadeira manque. É a vingança poética do leitor... ^.^
Se te depa­ra­res com uma pala­vra des­co­nhe­cida, páras e vais pro­cu­rar o seu sig­ni­fi­cado?
 Tento perceber o seu significado tendo em conta o contexto da frase em que se encontra inserida. Parar de ler para procurar palavras, quebra o ritmo da história, e se conseguir tirar o sentido sózinha tanto melhor!! XD Não me considero muito intelectual, mas acho que tenho um vocabulário bastante extensivo, por isso estas situações acontecem poucas vezes.
O que é que estás a ler actu­al­mente?
"Gardens of the Moon", de Steven Erikson. Depois de uma série de recomendações para ler este autor, aqui vou eu toda lançada! XD
Qual foi o último livro que com­praste?

"Gardens of the Moon", de Steven Erikson.
Lês só um livro de cada vez, ou con­se­gues ler mais que um ao mesmo tempo?
Geralmente, leio só um livro. 
Para não misturar as personagens e lugares, que com o  passar do tempo tendem a misturar-se, leio um de cada vez...é a idade!
Tens um lugar/​altura do dia pre­fe­rido para ler?
 À noitinha, depois de um dia de trabalho ou ao fim-de-semana, ajuda-me a relaxar e a fugir. Regra geral, refugio-me no meu quarto e aí fico até o João Pestana me dar um abanão, lembrando-me de dormir!! ^.^
Pre­fe­res livros incluí­dos em séries ou inde­pen­den­tes?
Pessoalmente prefiro séries, pois posso acompanhar a evolução dos personagens, é uma pena desperdiçar os mundos tão diligentemente criados, esta inclinação também pode advir do facto de preferir o género fantástico a outros - pois geralmente neste género os livros são integrados em séries e sagas.
Existe algum livro ou autor espe­cí­fico que este­jas sem­pre a reco­men­dar?
J.R.R.Tol­kien, "O Silmarillion" - porque foi um livro muito marcante para mim -  e Juliet Marillier, claro está. ^.^ E Frank Herbert pelo fantástico trabalho em "Dune", para qualquer cientista e amante das Ciências Ecológicas...
Como é que orga­ni­zas os teus livros?
Não organizo...
Vão para onde couberem, longe dos meus gatos e do bico afiado do meu papagaio -os desgostos que já tive!! :,( 
Por vezes até fazem de mesa de cabeceira, houve um dia longínquo em que estiveram organizados por géneros e Colecções, mas depois desisti!!

Wednesday 12 May 2010

Danças na Floresta, de Juliet Marillier


ISBN: 9789722516969
Autor: Juliet Marillier
Editor: Bertrand
Número de Páginas: 336
Tradução: Maria das Mercês Sousa
Idioma: PORTUGUÊS
Encadernação: CAPA MOLE
Data da primeira Edição: 23 de Janeiro de 2007
Lido: Abril de 2010

Sinopse:
Este livro da autora é inspirado no conto de fadas As Doze Princesas Bailarinas. É a história de cinco irmãs intrépidas, em luta com quatro criaturas sinistras, três misteriosos presentes mágicos, dois amantes proibidos e um sapo enfeitiçado. Há muitos mistérios na floresta. Jena e as suas irmãs partilham o maior de todos, um segredo fantástico que lhes permite escapar à vida diária nos campos da Transilvânia, e que mantiveram escondido durante nove anos. Quando o seu pai adoece e tem de abandonar o seu lar na floresta durante o Inverno, Jena e a sua irmã mais velha, Tati, ficam encarregues de cuidar da casa e das outras irmãs. O surgimento de uma misteriosa jovem de casaco preto faz nascer o amor numa das irmãs e, subitamente, Jena apercebe-se que tem de lutar para salvar aqueles que lhe são mais queridos. Acompanhada por Gogu, Jena tem de enfrentar grandes perigos para preservar não só as pessoas que ama, como também a sua própria independência e a da família. 

Comentário:
O que me atraiu a este livro - além do facto de ter sido escrito pela grande senhora Juliet Marillier - foi a arte da capa!! É fantástica e não somos capazes de desviar o olhar, tentando desvendar os elementos todos que são aí apresentados.

Adorei o livro, claro está!
Amei as paisagens, adoro a Europa profunda e rural, amei o mundo tecido por Marillier, mas ... a intriga do livro soou um pouco familiar, as personagens foram pouco aprofundadas, fazendo com que a empatia com as mesmas não fosse muita.

Apesar de tudo, dou cinco estrelas, pois demorei 24 horas a ler o livro, fui agarrada por ele e não o consegui pousar, completamente arrebatada.

É claramente um livro para leitores menos experientes, nas andanças da fantasia, mas sem deixar de ser uma óptima experiência para quem já conhece o resto da obra de Marillier.


Classificação: 10/10

Tuesday 11 May 2010

Visita do Papa Bento XVI a Portugal


Senhor Presidente da República,
Ilustres Autoridades da Nação,
Venerados Irmãos no Episcopado,
Senhoras e Senhores!
 
Só agora me foi possível aceder aos amáveis convites do Senhor Presidente e dos meus
Irmãos Bispos para visitar esta amada e antiga Nação, que comemora no corrente ano um século da proclamação da República. Ao pisar o seu solo pela primeira vez desde que a Providência divina me chamou à Sé de Pedro, sinto-me honrado e agradecido pela presença deferente e acolhedora de todos vós. Agradeço-lhe, Senhor Presidente, as suas cordiais expressões de boasvindas, dando voz aos sentimentos e esperanças do bom povo português. Para todos, independentemente da sua fé e religião, vai a minha saudação amiga, com um pensamento particular para quantos não podem vir ao meu encontro. Venho como peregrino de Nossa Senhora de Fátima, investido pelo Alto na missão de confirmar os meus irmãos que avançam na sua peregrinação a caminho do Céu.
 
Logo aos alvores da nacionalidade, o povo português voltou-se para o Sucessor de Pedro
esperando na sua arbitragem para ver reconhecida a própria existência como Nação; mais tarde, um meu Predecessor havia de honrar Portugal, na pessoa do seu Rei, com o título de fidelíssimo (cf. Pio II, Bula Dum tuam, 25/I/1460), por altos e continuados serviços à causa do Evangelho.Que depois, há 93 anos, o Céu se abrisse precisamente sobre Portugal – como uma janela de esperança que Deus abre quando o homem lhe fecha a porta – para reatar, no seio da família humana, os laços da solidariedade fraterna assente no mútuo reconhecimento de um só e mesmo Pai, trata-se de um amoroso desígnio de Deus; não dependeu do Papa nem de qualquer outra autoridade eclesial: «Não foi a Igreja que impôs Fátima – diria o Cardeal Manuel Cerejeira, de veneranda memória –, mas Fátima que se impôs à Igreja».
 
Veio do Céu a Virgem Maria para nos recordar verdades do Evangelho que são para a
humanidade, fria de amor e desesperada de salvação, fonte de esperança. Naturalmente esta esperança tem como dimensão primária e radical, não a relação horizontal, mas a vertical e transcendente. A relação com Deus é constitutiva do ser humano: foi criado e ordenado para Deus, procura a verdade na sua estrutura cognitiva, tende ao bem na esfera volitiva, é atraído pela beleza na dimensão estética. A consciência é cristã na medida em que se abre à plenitude da vida e da sabedoria, que temos em Jesus Cristo. A visita, que agora inicio sob o signo da esperança, pretende ser uma proposta de sabedoria e de missão. De uma visão sábia sobre a vida e sobre o mundo deriva o ordenamento justo da sociedade.

Situada na história, a Igreja está aberta a colaborar com quem não marginaliza nem privatiza a essencial consideração do sentido humano da vida. Não se trata de um confronto ético entre um sistema laico e um sistema religioso, mas de uma questão de sentido à qual se entrega a própria liberdade. O que divide é o valor dado à problemática do sentido e a sua implicação na vida pública. A viragem republicana, operada há cem anos em Portugal, abriu, na distinção entre Igreja e Estado, um espaço novo de liberdade para a Igreja, que as duas Concordatas de 1940 e 2004 formalizariam, em contextos culturais e perspectivas eclesiais bem demarcados por rápida mudança. Os sofrimentos causados pelas mutações foram enfrentados geralmente com coragem.
 
Viver na pluralidade de sistemas de valores e de quadros éticos exige uma viagem ao centro de si mesmo e ao cerne do cristianismo para reforçar a qualidade do testemunho até à santidade,inventar caminhos de missão até à radicalidade do martírio.
Queridos irmãos e amigos portugueses, agradeço-vos uma vez mais as calorosas boasvindas.
Deus abençoe a quantos aqui se encontram e todos os habitantes desta nobre e dilecta Nação, que confio a Nossa Senhora de Fátima, imagem sublime do amor de Deus que a todos abraça como filhos.

Fiquei surpreendida, pela positiva, com o discurso do Papa Bento XVI. Como homenagem e para passar a importante mensagem que nos veio trazer, aqui fica o texto integral do primeiro discurso do Papa, na sua primeira visita a Portugal.

Friday 7 May 2010

^.^

Olá!

Este blog surge, de uma necessidade minha para partilhar as transformações que têm acontecido comigo, e serve também como um espaço para encorajar todas as pessoas que como eu, lutam todos os dias contra a genética e os hábitos tresloucados do dia a dia.

Ao longo desta minha caminhada, que está prestes a fazer um ano, perdi 23 quilos e li dezenas de livros... São eles os meus companheiros fiéis - além dos meus gatos e do meu amigo de penas, Óskar.

Aqui partilharei os momentos bons e os maus - que sim, existem!! - e também as minhas leituras... espero que me ajudem no resto do caminho e que eu vos ajude a chegar a bom porto! XD
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