Monday 21 April 2014

Diário de um Kindle – 3 anos depois

Já lá vão mais de dois anos de kindle (quase três aninhos) e eu sem partilhar aqui como tem sido a experiência. A culpa foi do vapor, do Byron, do winepunk e do meu regresso às lides académicas, como já aqui disse, mas agora arregaço as mangas e lanço-me a analisar a minha escolha de ereader (que puderam acompanhar passo-a-passo aqui neste meu cantinho) e como tem sido.


Depois de um ano de poupanças e meses de pesquisa para me decidir quanto ao modelo que melhor se adequaria às minhas necessidades, lá comprei o Kindle 4 (o mais básico de todos os modelos disponíveis na altura). Desde o momento em que o liguei pela primeira vez e com algum fascínio vi os livros que havia adquirido no site da Amazon a serem imediatamente sincronizados mal configurei a rede wireless, até a este momento em que escrevo não existiu um único segundo em que dissesse para os meu botões “Bolas, não era nada disto que queria. Melhor, melhor era se... [inserir funcionalidades e características]”


Um mês depois de ter o kindle, tive um pequeno acidente e o ecrã estalou ficando com um pequeno derrame no monitor (desconfio de um lápis que andava perdido na minha mala), tive um pequeno (grande) ataque de pânico e pensei bem lá vou ter de trocar o kindle (e isso implicava enviá-lo à Amazon e possivelmente ficar sem ele até 90 dias úteis), mas em mais de dois anos de utilização para lá de intensiva, a mancha não alastrou nem derramou, como é num local em que não perturba a leitura desisti da troca.


Os 4Gb de memória chegaram?
Então não, nunca tirei livros do meu kindle desde que o comprei e estou sempre a colocar mais lá. Já perdi a conta dos livritos que para lá estão e começo a pensar que é altura de fazer uma limpeza e perder um tempinho a organizar as minhas listas de livros para saber onde estão os meus autores/géneros favoritos.

Deixei de comprar livros físicos...
Mito. É um mito (e eu sabia mas bem, pronto, a modos que até acreditei por segundos que sim, iria comprar menos livros ^^). 



Mudei foi de hábitos de compra/consumo, aqueles livrinhos mass market paperbacks que costumava comprar 2/3 por mês, deixei de o fazer e agora compro apenas para terminar um par de séries que já tinha começado (Kresley Cole, J.R.Ward e Julia Quinn).De resto passei a investir em livros melhores (ultimamente tenho comprado a série Psy-Changelling da Nalini Singh e optei pelos livros mais caros, com capas mais bonitas em vez dos Mass Market Paperbacks) e que não “resultam” tão bem num ereader, graphic novels e manga (finalmente posso terminar as minhas sagas de manga, sem aumentar ao orçamento).



Com o meu regresso à Faculdade, o kindle tornou-se um parceiro indispensável para ler os apontamentos e sebentas, agora não preciso imprimir tudo tudo para conseguir estudar (o brilho dos ecrãs de computador são um dos grandes inimigos dos pobres olhos, e ler para mim é um suplício se tiver de o fazer muito tempo).

Mas vou ter de comprar ebooks para utilizar o kindle.
Com os clássicos e freebies da Amazon, Smashwords e plataformas de publicação de livros, comprei muito poucos ebooks, sigo sites que enviam newsletters com os livros gratuitos do dia/semana e vou gerindo assim a minha utilização do kindle, há um par de meses consegui mesmo um livro do Neil Gaiman completamente gratuito pela Amazon :D É mesmo uma questão de estar atenta às promoções e lançamentos.

Existem ainda projectos que se dedicam a editar e publicar livros clássicos de forma gratuita (Project Gutenberg (Obras em Domínio Público a nível global), Projecto Adamastor (Obras portuguesas em Domínio Público), etc) e podemos assim usufruir de tudo quanto desejarmos.

Mas não tem teclado.
Em dois anos de uso nunca lhe senti a falta, para as poucas vezes que necessito de utilizar o teclado virtual foi uma questão de hábito. Não, não é tão prático, mas é um ereader não uma tablet. Eu vou ler com ela, não tirar notas excessivamente longas nem fazer dissertações.

A Internet.
Foi uma das surpresas agradáveis depois da compra. Estava a contar com um browser bastante limitado e com pouca capacidade de resposta, mas através dele (ainda experimental segundo a Amazon) podemos aceder a virtualmente todas as páginas de internet (se bem que eu aconselho acederem as suas versões mobile – p.e. Goodreads, Booklikes, Twitter, Gmail e Facebook – a navegação é menos penosa se as usarmos) e para além de alguma lentidão expectável e claro de estar tudo a preto e branco, para uma utilização pontual o kindle dá uma resposta competente às necessidades de quem enquanto lê, por vezes vai espreitar o seu Twitter ou o email.

Concluindo...

Se fosse hoje, compraria novamente este modelo e (re)faria o investimento num ereader. Como dizia o Stephen Fry “da mesma forma que as escadas não desapareceram com o aparecimento dos elevadores, também os livros não irão desaparecer por causa dos ebooks”.

Para mais capítulos do Diário de um Kindle-- > Link

No comments:

Post a Comment

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...