Tuesday, 27 November 2012

A culpa é do vapor...

Depois de 2011 ter sido um ano repleto de actividade no Cantos Quebrados, o ano que se seguiu foi um deserto de posts, artigos e eu desapareci durante meses e meses sem fim...

Com este post pretendo dar a conhecer a quem me acompanhou por aqui, as coisas que fui fazendo ao longo destes meses de silêncio. 


Já aqui falei no início do ano da Euro Steam Con e da Clockwork Portugal. Agora com as festividades terminadas (nesta edição de 2012) e já com as engrenagens a rolar para o próximo ano, e inspirada pelos posts da Sofia Romualdo e do André Nóbrega decidi também eu fazer um pequeno balanço pessoal de um projecto que juntou pessoas, consolidou ligações e abriu novos horizontes para todos os envolvidos.

Como já foi referido um pouco por todo o lado (inclusive nos textos de divulgação, participações em Revistas, Zines e Con Reports) tudo começou em Fevereiro... um mês super normal, vulgar (tirando o facto de ter menos de 30 dias). Uma pessoa amiga mandou-me um tweet com o link para a Euro Steam Con, nesse momento perdi o juízo e enviei um email a candidatar a cidade do Porto para ser um dos pólos da ambiciosa Convenção Europeia de Steampunk. Quase de imediato e mal partilho a loucura em que estava prestes a embarcar, a Sofia Romualdo também ela num momento de loucura (penso eu, pois só isso se justifica ela ter-se juntado a esta loucura ^^) se junta a mim e os jogos começaram... de um encontro para tomar ou não chá e falar de livros steampunk surgiram mil ideias que tratamos de pôr em prática o mais rápido possível.

Surge assim a ideia de uma publicação periódica (o futuro Almanaque Steampunk), uma Convenção a sério (com os dois dias repletos de actividades e muito vapor) e a criação de um site/comunidade para podermos divulgar melhor, tanto as actividades que andávamos a conspirar como o próprio steampunk em Portugal.

Assim nasce a Clockwork Portugal no final de Fevereiro.


E como ainda sentimos que faltava qualquer coisa, eu e a Sofia criamos os Diários Steampunk e começamos a trabalhar para os trazer à vida no Youtube da "recém-nascida" Clockwork Portugal.


O nascimento dos Diários Steampunk coincide também com a entrada do André Nóbrega e do Rogério Ribeiro na equipa, com eles trouxeram o espírito crítico e no caso do Rogério os contactos e a experiência de quem já organiza eventos como o Fórum Fantástico e o Conversas imaginárias para uma equipa de quase-novatos por estas andanças.

Se o projecto já era ambicioso quando apenas eramos duas pessoas, imaginem quatro amantes de steampunk... agora imaginem quando se junta ao grupo uma designer talentosa como a Joana Maltez. Imparáveis :) 


Primeira surpresa do projecto, a quantidade e qualidade das submissões... segunda surpresa as pessoa que submetiam trabalhos para o Almanaque e terceira surpresa (e sem dúvida alguma a melhor de todas) o resultado final:


Outra surpresa, a quantidade de pessoas que rumou ao Parnaso durante a Euro Steam Con - Porto, o número de pessoas que vieram trajadas a rigor e a simpatia de todos quantos abordavam a equipa e os voluntários fabulosos a dar os parabéns por tudo...


 Recebemos também umas quantas ameaças... em baixo transcrevo a mais frequente:

"Ai de fazerem a Euro Steam Con, noutro sítio que não o Porto!", muitas vezes esta ameaça era acompanhada de apontar de dedos de forma bastante ameaçadora ou o brandir de espadas gigantes ^^

Depois, para os steampunk e não só que não puderam rumar a Norte a Clockwork Portugal e a sua brava equipa invadiu o Fórum Fantástico e deslumbrou a todos (espero eu bem que sim ^^ pelo menos divertimo-nos a valer, com as nossas fatiotas a rigor!).

Se nós equipa pensamos em tirar umas férias para descansar depois da Euro Steam Con, não poderíamos estar mais enganados... Mas não fiquem com a ideia que me queixo, ou que de alguma forma não gostei desta espiral de actividade e movimento.

Para mim, que estou a passar por uma fase deveras atribulada, as amizades construídas e reforçadas por este projecto, as palavras de simpatia e encorajamento face a este ou aquele percalço no projecto, foram quase uma tábua de calmaria à qual me pude agarrar  e aproveitar uma das viagens mais interessantes dos últimos tempos para mim.

Depois deste enorme testamento, tentando compensar os meses de silêncio (e possivelmente já muitos desistiram a meio), só me resta mesmo dizer/prometer/ameaçar: Para o ano há mais steampunk... maior, melhor e mais vaporoso ainda.
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