Tuesday, 30 August 2011

Before the Blog

"Before the Blog" é uma rúbrica onde bloggers podem falam falar de livros que leram antes de começarem a partilhar as suas opiniões nos seus blogs (pois antes mesmo de bloggar sobre livros, já tinha lido centenas de outros livros). Pois de certeza que existem pérolas literárias no passado que também merecem ser desenterradas e partilhadas!

Este é portanto o primeiro post de mais uma rúbrica no Cantos Quebrados, acho que já dá para ver o meu amor por rúbricas (^.~)...

E como funciona o "Before the Blog"? Basicamente escolhemos um livro que achemos que merece ser recordado, respondemos a três perguntas e depois partilhamos a nossa opinião quanto ao livro escolhido.

Site que começou o "Before the Blog" - www.yalitwit.blogspot.com

"A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata", de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows
  • Porque é que escolheste este livro?
 Escolhi este livro devido ao título invulgar, como me chamou a atenção e como por vezes é preciso ler um pouco fora da nossa confort zone literária, peguei n'"A Sociedade Literária da Casca de Batata" sem qualquer ideia do que iria encontrar nas suas páginas.
  • Quando é leste este livro?
Li este livro entre o final de Abril e Maio de 2010, praticamente devorei-o...em menos de 2 semanas.
  • A quem recomendarias este livro?
A quem gostaria de experimentar um livro invulgar, sobre um grupo de amantes de literatura que lutam contra a ocupação nazi da ilha inglesa de Guernsey (que é a sede do dealer de muitos viciados, o BookDepository).

Sinopse
Londres, 1946.

Depois do sucesso estrondoso do seu primeiro livro, a jovem escritora Juliet Ashton procura duas coisas: um assunto para o seu novo livro, e, embora não o admita abertamente, um homem com quem partilhar a vida e o amor pelos livros.

É com surpresa que um dia Juliet recebe uma carta de um senhor chamado Dawsey Adams, residente na ilha britânica de Guernsey, a comunicar que tem um livro que outrora pertenceu a Juliet. Curiosa por natureza, Juliet Ashton começa a corresponder-se com vários habitantes da ilha.

É assim que descobre que Guernsey foi ocupada pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, e que as pessoas com quem agora se corresponde formavam um clube secreto a que davam o nome de Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata.

Fascinada pela história da dita Sociedade Literária, e ainda mais pelos seus novos amigos, Juliet parte para Guernsey. O que encontra na ilha mudará a sua vida para sempre…

Comentário
Parti para este livro apenas porque realmente tem um nome bastante invulgar, e depois de ler a sinopse, pensei"o que pode ser melhor para uma amante de livros, do que ler um livro sobre uma amante de livros?"...

"A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata" é um livro escrito por uma antiga bibliotecária e livreira com uma paixão por livros, Mary Ann Shaffer, que devido a problemas de saúde faleceu antes de poder dar os últimos retoques ao seu manuscrito, assim Annie Barrows terminou o trabalho da tia.


É um livro invulgar, sob a forma de epístola (correspondência trocada entre a protagonista, Juliet Ashton e Dawsey Adams, e que rapidamente ganha novos correspondentes na ilha de Guernsey), e que me surpreendeu bastante pela positiva, pois a história é bastante fuida e facil de acompanhar. É um livro aconchegante e acolhedor com uma escrita simples e acessível.

Acompanhamos assim a história de uma mulher apaixonada pelos seus livros, extremamente independente, numa Londres e num país em plena 2ª Guerra Mundial, que num dos lugares mais improváveis encontra algo que já há muito havia desistido de procurar... Foi um livro que ganhou um cantinho especial no meu coração, pois há muito que não via uma história tão bem contada, com a qual me identificasse tão bem... sedo por isso um dos livros que recomendo sempre.


Classificação: 9/10

Monday, 29 August 2011

Postcrossing outbox


Desta vez o meu "postcrossing love" vai repartido em 7 postais, para 7 países em 3 continentes diferentes:
  • Bielorrússia
  • USA
  • Tailândia
  • Finlândia
  • Holanda
  • Polónia
  • Rússia
Agora fico a aguardar a volta do correio e que terras desconhecidas se vão dar a conhecer!

Para mais informações e para quem estiver também interessado em partilhar "postcrossing love" juntem-se a mim em: www.postcrossing.com

Sunday, 28 August 2011

Eye-Candy

E assim se inicia mais uma rúbrica aqui no Cantos Quebrados, esta será de actualização semanal aos Domingos (porque é ao Domingo que nos sabe melhor estas coisas).

Aqui irei partilhar o prazer que é para o bibliófilo, ver uma estante bem recheada, uma montra cheia de livros bonitos, usados e recheados de histórias para partilhar com quem se atreve a entrar e andar por entre pilhas...


Saturday, 27 August 2011

In my Mailbox

Birthday Edition


E neste mês em que completei mais um ano de vida e bibliofilia, assisti ao final de uma das sagas que me acompanhou desde a minha conturbada infância: Harry Potter...
Por esse motivo dediquei este meu aniversário, como boa Potterhead que sou, a tudo o que é relacionado com o fabuloso mundo criado pela J.K.Rowling...

Ao longo do último ano descobri um novo tipo de magia... a magia da internet enquanto veículo de conhecimento e aproximação das pessoas. Conheci uma mão bem cheia de pessoas amorosas e carinhosas que depois de um ano bem conturbado me deram o melhor presente de aniversário de sempre. :')


Muito muito obrigada pela prendita! Sem dúvida que irá comigo na minha mala quando receber finalmente o meu mail do Pottermore! ;)

Entretanto e porque também não poderia deixar de comprar uns livrinhos para mim neste mês de férias, ataquei a Amazon.co.uk e a Bookdepository.com e arranjei para mim alguns "guilty pleasures"...

Lista das aquisições:

 E vocês o que vos trouxe o vosso correio?

Friday, 26 August 2011

Crown of Acorns

 

 
Título Original: Crown of Acorns
Autor: Catherine Fisher
Editor: Hodder Children's Books
Data publicação: 6 Maio 2010 (UK)

Sinopse
Uma adolescente com um passado chega a uma cidade: novo nome, nova identidade, nova família de acolhimento. A cidade foi escolhida por ela, fascinada pela sua harmonia e beleza mas continua ainda assim com um medo terrível de ser descoberta. Ela esconde um segredo terrível desde a sua infância, segredo esse que a consome a cada dia que passa...

Em paralelo, a história de um aprendiz de arquitecto em 1750, Zac – que trabalha com o genial Jonathan Forrest, um homem obcecado com os mistérios druidicos, e com uma nova visão arquitectónica para a cidade. Ele planeia construir a primeira rua edificada circular, King's Circus – um plano visto por todos com escárnio e incredulidade. Mas cedo Zac se apercebe, que King's Circus não é apenas um edifício circular, existe um segredo bem enterrado no centro da rua circular, num compartimento secreto.

Estas duas narrativas são permeadas pela voz de Bladud – o mítico construtor da cidade, um rei leproso druida, destinado a ouvir a voz da Terra... a presença deste rei junta as histórias, junta as eras e juntos encontram as respostas para os seus fantasmas...

Comentário
Crown of Acorns é o livro mais recente de Catherine Fisher, que uma vez mais nos apresenta uma história para um público jovem (muito mais jovem do que o de Incarceron), mas desta vez, algum do encanto perdeu-se, algumas histórias ficaram menos bem contadas ou menos desenvolvidas do que mereciam certamente.

É um livro organizado de forma pouco convencional, a três vozes, em três épocas distintas, com três estilos de escrita diferenciados, todos enlaçados pelo mesmo lugar, pelas teias do Tempo que teima em passar pelas vidas de todos sem abrandar...

Crown of Acorns é uma leitura agradável, mas é meramente uma história interessante, ficando-se por aí: com personagens com muito potencial mas mal aproveitados/aprofundados e demasiadas pontas soltas numa história sem grande consistência no seu desenvolvimento, demasiadas para dar um verdadeiro sentimento de encerramento ao leitor. P.e. a personagem Sulis, uma adolescente com um passado obscuro, perseguida por sombras habitadas por um homem desde os 6 anos...durante todo o livro o leitor é levado a conjecturar a maior das tragédias na infância de Sulis, mas quando finalmente tudo é revelado, fica apenas uma sensação de desapontamento. Quanto aos outros dois personagens, Zac e Bladud, foram cuidadosamente trabalhados de forma um pouco mais convincente e consistente, aqui Fisher brilhou um pouco, fazendo o leitor lembrar-se do seu trabalho em Incarceron, nota-se principalmente em todo o cuidado que teve na escrita, tentanto ter em conta as particularidades da linguagem escrita em 1750 e na forma dos registos históricos no Tempo dos Druidas.

Apesar de tudo, Crown of Acorns, não deixa de ser uma leitura agradável, principalmente indicada para jovens, para aqueles que desejam conhecer desde cedo os encantos da literatura fantástica. Catherine Fisher, continua a ser uma boa aposta e continuará a dar cartas no campo do fantástico...

Classificação: 5/10

Thursday, 25 August 2011

Pottermore wanted


De certeza que é a Errol que a traz, mas isso não é desculpa para deixar uma Potterhead a sofrer desta maneira... :'(
Se alguém vir a minha carta por aí é favor devolver, há uma boa recompensa.

Booking Through Thursday - History

Sometimes I feel like the only person I know who finds reading history fascinating. It’s so full of amazing-yet-true stories of people driven to the edge and how they reacted to it. I keep telling friends that a good history book (as opposed to some of those textbooks in school that are all lists and dates) does everything a good novel does–it grips you with real characters doing amazing thing
Am I REALLY the only person who feels this way? When is the last time you read a history book? Historical biography? You know, something that took place in the past but was REAL.
O BTT desta semana pôs-me a pensar... realmente eu não leio muitas coisas fora do meu "género literário de conforto" que é a ficção especulativa (fantasia e ficção científica). Depois de ler o desafio olhei em volta, para as minhas pilhas de livros e estantes a abarrotar e reparei que se calhar como bibliófila deveria tentar expandir as minhas explorações literárias...

Depois de muito procurar o mais perto de livros de história/autobiografias/não-ficção que tenho e que li num passado mais ou menos recente:

.O Diário de Anne Frank, Anne Frank
.Caderneta de Cromos, Nuno Markl

E sim, tenho de investir em mais literatura de não-ficção, aceitam-se sugestões!

Wednesday, 24 August 2011

Incarceron


Autora: Catherine Fisher
Ano publicação: 2007 (United Kingdom)
Editora: Hodder Children's Books

Sinopse 
Imagina uma prisão tão vasta que contém celas e corredores, florestas, cidades e mares. imagina um prisioneiro sem memória, com a certeza que veio do Exterior - apesar da prisão ter sido selada há séculos e apenas um homem conseguiu escapar.
Imagina uma rapariga numa mansão, numa sociedade em que a passagem do tempo é proibida, presa num mundo do século XVII governado por computadores, condenada a um casamento arranjado, enredada numa conspiração de homicídio que deseja e receia.
Um dentro, outro fora. Mas os dois prisioneiros...imagina Incarceron.

Comentário
Apesar de ser classificado como um livro para crianças e claramente poder ser colocado no mesmo patamar e nível dos primeiros livros de J.K.Rowling, Incarceron é uma pequena caixinha de surpresas recheada de pormenores deliciosos e todo um mundo, original e interessante.
Incarceron desperta uma série de questões e dúvidas, numa viagem atribulada pelas vidas dos nossos protagonistas : o que é uma prisão? Será necessário existir quatro paredes a separar-nos do resto do mundo, ou bastam os limites que nos são impostos e nos limitam enquanto criaturas pensantes?
Catherine Fisher e a sua imaginação prodigiosa, conseguem de uma forma brilhante, levar-nos numa viagem pelas sombras e celas de Incarceron e pelos Salões da Cidade de Vidro, acompanhando a luta de Finn, Claudia e dos seus companheiros. A sua escrita fluida e expressiva consegue transmitir ao leitor o medo paralisante do escuro e dos silêncios prolongados, transformando a viagem por entre as capas de Incarceron, uma experiência memorável e marcante.
O esforço da autora é visível, no detalhe dos cenários que descreve vividamente (a húmidade, o musgo e o escuro sufocante que encerra sempre perigos) e nas tramas que tece. O nível de aprofundamento das conspirações e pormenores mais desagradáveis, é claramente menor, e sabe a pouco, pois é um livro para um público mais jovem, mas aqui está um dos pontos interessantes de Incarceron: apesar de ser vocacionado para um leitor jovem e menos experimentado, o seu enredo e personagens apela ao mesmo tempo ao público mais adulto.
Outro ponto a salientar em Incarceron, além de toda a organização da prisão, é o Protocolo. Uma rígida lei imposta por um rei tirano, que proibe todo e qualquer sinal da passagem do tempo, preservando toda a sociedade no século XVII, reservando as inovações tecnológicas para os mais abastados ou para os Sapienti - uma casta de sábios, a quem quase todas as excentricidades são permitidas.
Um livro recomendado para todos os que adoraram Harry Potter e gostam de uma boa história, com um enredo interessante e cenários sempre prontos a surpreender-nos...será que algum dia poderemos ver Incarceron em Portugal?

Classificação: 8/10

Tuesday, 23 August 2011

Firefly



Título original: Firefly
Realização: Joss Whedon, Vern Gillum, Tim Minear
Argumento: Joss Whedon, Tim Minear, Ben Edlund, Jose Molina
Ano: 2002-2003

Firefly - IMDB

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Nota: Este artigo foi originalmente publicado no blog "Bela Lugosi is Dead" para onde contribuí durante um tempo. Agora com a estreia da série em terras portuguesas pela mão do canal de cabo "MOV" é bom relembrar aos fãs e a quem ama a ficção-científica o contributo e a viagem atribulada que "Firefly" teve até chegar até nós. Para os fãs de "Castle" série transmitida pelo canal "AXN" é uma boa oportunidade para perceber muitas das piadas do personagem principal interpretado por Nathan Fillion. 
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

500 anos no futuro, uma tripulação de renegados, numa pequena nave espacial...

Juntos, procuram sobreviver à medida que viajam pelo Universo desconhecido e tentam por todos os meios escapar às diferentes facções que regem os vários planetas. Como contrabandistas, têm ainda que fugir às armadilhas montadas pelos agentes das autoridades que tentam manter a ordem num Universo caótico e à beira da ruptura.

O Capitão Malcolm “Mal” Reynolds (Nathan Fillion), um veterano da Guerra Galáctica e
a sua equipa de inadaptados, a bordo da nave classe Firefly, tentam sobreviver da melhor forma possível, nas fronteiras exteriores do espaço conhecido, fazendo de tudo um pouco desde contrabando, a resgates arriscados e transporte de reconhecidos criminosos. Tudo isto, em troca de uma boa quantidade de créditos.


À frente de um elenco de perfeitos desconhecidos e praticamente estreantes, Whedon, Rei dos Lugares Comuns e da forma de lhes dar um twist irónico e inesperado, consegue com Firefly conquistar um público ao qual a série mega-galáctica Buffy não apelava.

Depois do sucesso com vampiros, demónios, lobisomens e criaturas afins, Whedon virou-se para o espaço e para os seus colonos. Apesar de a série ter sido prontamente cancelada pela estação televisiva FOX, Firefly conquistou um público fiel, dedicado e reivindicativo. Logo após o anúncio do cancelamento, circulou um abaixo assinado para nova temporada da série. E apesar de um bom acolhimento da crítica e do público, a FOX decidiu cancelar a série definitivamente, mesmo por entre um coro de protestos.

Como a FOX não tinha espaço na sua grelha (dizem eles), e detinha todos os direitos sobre o nome Firefly, o criador/realizador da série não podia utilizar esse nome nem pegar novamente no projecto.

Joss Whedon como sempre respeitou os seus fãs, e com a polémica e pressão dos a subir de tom, conseguiu persuadir a Universal Studios e recebeu luz verde para escrever e produzir um filme, Serenity, tentando assim atar todas as pontas soltas e perguntas que ficaram por responder com a interrupção abrupta da série.

Não vale a pena debruçarmo-nos sobre o filme – que estreou em Setembro de 2005 –, pois como todos os fãs de Firefly sabem, Serenity correu mal a Whedon, que tentou fazer demasiado em tão pouco tempo...

Apesar de uma clara falta de fundos, nos efeitos especiais, cenários e adereços, a paixão de Whedon por este projecto é facilmente visível. E uma vez mais criou um mundo repleto de perigos e mistérios, povoado por um grupo de personagens inesquecíveis.

Whedon publicou uma novela gráfica com mais aventuras da tripulação da nave Serenity.

É uma das séries a não perder, quer pelo realizador, quer pela ousadia de tentar que um space western fosse exibido a horário nobre numa estação nacional. É um marco da ficção científica, e que ainda hoje arrasta uma multidão de fãs, que mantêm a esperança de ver o Capitão Mal a liderar a sua tripulação rumo ao desconhecido e ao próximo trabalho... será que serão pagos desta vez?

Firefly recebeu uma série de prémios Scyfi, incluindo a melhor série do ano 2006, melhor actor principal (Nathan Fillion), melhor actor secundário (Adam Baldwin) e melhor episódio de TV do género Ficção Científica.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...