(IMDB)
Título Original: The Girl with the Dragon Tattoo
Realizador: David Fincher
Realizador: David Fincher
País de Origem: USA, Suécia, UK, Alemanha
Ano de Estreia: 2012
Sinopse
A adaptação do romance sueco de Stieg Larsson, segue a vida do jornalista desacreditado, Mikael Blomkvist (Daniel Craig), enquanto ele investiga o caso do desaparecimento, há já 40 anos, da sobrinha de um milionário. Mikael encontra na hacker punk Lisbeth Salander (Rooney Mara), a assistente ideal para o ajudar. Mas à medida que vão descobrindo novas pistas, Blomkvist and Salander desenterram um mal muito mais profundo do que alguma vez imaginaram...
Comentário
Antes de mais, tenho que dizer que ainda não tive a oportunidade de ler os livros todos da trilogia de Stieg Larsson (apenas tive tempo para ler parte do primeiro), mas fiz questão de ver as adaptações suecas dos livros. Sabia portanto o que esperar do filme de Fincher ao entrar na sala de cinema ontem à noite...
Gostei particularmente da forma mais humana como os personagens foram abordados na adaptação de Fincher, nota-se um maior cuidado de abordar as relações humanas, as falhas, as tragédias que afectam os protagonistas.
A Lisbeth Salander de Rooney Mara, passa mais facilmente a mensagem de fragilidade por baixo de um exterior ameaçador que Noomi Rapace. São as duas um bom complemento para se perceber melhor a dimensão deste personagem, mas Mara conseguiu mostrar melhor a verdadeira essência de Lisbeth. (vou tentar não falar muito da adaptação sueca aqui pois pretendo fazer um comentário à parte para ela). Só esperava era ver um pouco mais do passado de Lisbeth, mas acredito que o próximo realizador saberá certamente como nos apresentar a essa parte da vida de uma das personagens femininas mais marcantes da última década em ficção!
Daniel Craig foi brilhante que juntamente com o resto do elenco, conseguiram reproduzir o ambiente e as personalidades nórdicas dos personagens que povoam a obra de Stieg Larsson (quem já esteve na Suécia ou num país nórdico percebe o que quero dizer).
A Banda Sonora a cargo de Trent Raznor (que também compôs a premiada banda sonora do filme "The Social Network") é brilhante na melancolia que imprime ao filme. É tão orgânica que raramente nos distrai do filme e dos detalhes que fazem toda a diferença para compreender o fio condutor das vidas conturbadas que ficamos a conhecer de forma tão profunda no decurso do filme. É daquelas bandas sonoras que se a tentarmos ouvir sem ver o filme, sem ver os sons ligados à acção, às cenas, não faz qualquer sentido... mas após sair da sala de cinema, tentar ouvir as composições de Raznor é algo bastante perturbador e completamente diferente...
Posso afirmar que David Fincher conseguiu fugir à tentação de fazer um remake dos filmes suecos, conseguiu com sucesso dar uma nova dimensão à história de "The Girl With the Dragon Tattoo", não se sobrepondo aos filmes que já existiam. Alguém que já viu a trilogia cinematográfica nórdica, pode ir ver esta adaptação e esperar novos elementos e uma abordagem diferente à matéria prima de Stieg Larsson...
Claramente um filme a não perder, uma trilogia a acompanhar com expectativa e um argumento incompatível com estômagos fracos...
Classificação: 10/10
Vi a trilogia sueca, pelo que estou com vontade de ver também este filme. Receio que possa ter demasiado "tcham", carateristica muito hollywoodesco que não combina com a intriga do livro - o livro está recheado de informação que não tem lugar num filme, e é mais lento e intimista (não me refiro a sentimentos, que o livro não é nada sentimental, pelo contrário, mas aos espaços e movimentos). Esta opinião deixa-me mais descansada quando a isso, e, como gostei bastante da Naomi Rapace, estou ainda mais curiosa acerca da interpretação da personagem.
ReplyDeleteO filme é como a banda sonora, lento, melancólico e cheio de pequenos detalhes que nos fazem criar empatia com os protagonistas.
ReplyDeleteÉ um filme muito incaracterístico para as andanças hollywoodescas...e um dos filmes imperdíveis deste ano! :)
O que, se tivermos em conta o livro (só li o primeiro) é uma coisa boa! Ainda hoje me foi dito que o filme é realmente - e surpreendentemente? - bom.
ReplyDelete*sussurrando para não levar porrada dos puristas* acho este melhor que o sueco!! :P
ReplyDeleteNão pega em certos pormenores, mas no que Fincher pega acerta em cheio e cria o ambiente perfeito para o crescimento de dois personagens tão marcantes como a Lisbeth e o Mikael!!
Olá Joana, parabéns pelo texto, assisti ao filme, adorei a interpretação brilhante da Rooney Mara, e quem não gostaria de ter como "amiga" a Lisbeth, forte, decidida, corajosa,eficiente, enfim como se diz aqui " pau para toda obra". Então depois de ver o filme me interessei em saber mais sobre o Stieg e procurando achei seu blog, que está ótimo.
ReplyDeleteAbraços!
( Boca de Lobo)
http://cronicasdoxico.blogspot.com/Boca de Lobo